Agronegócio brasileiro se une a ONGs para pedir ação na Amazônia

Abiec e as ONGs Imazon e Ipam estão entre as 11 entidades brasileiras que assinaram a campanha

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O agronegócio brasileiro e outras entidades de exportação se juntaram a organizações não-governamentais para pedir o fim do desmatamento em terras públicas., exigindo ação do governo à medida que os focos de queimadas na Floresta Amazônica aumentaram neste ano.

Participantes

A Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes) e as ONGs Imazon(Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia) e Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) estão entre as 11 entidades brasileiras que assinaram uma campanha que também exige a proteção de áreas de conservação no país e a criação de uma força-tarefa do Ministério da Justiça para resolver conflitos por terras públicas de floresta.

Queimadas

Segundo o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), a Amazônia sofre com o maior número de incêndios florestais desde 2010 – o que provocou um clamor global para proteção da maior floresta tropical do mundo.

Marcello Brito, presidente da Abag (Associação Brasileira do Agronegócio), disse que algo deve ser feito para evitar danos ao setor agrícola do país como represália aos incêndios na Amazônia. “Não vi contratos sendo cancelados em nenhum setor; as exportações continuam. Mas a luz vermelha está piscando”, disse Brito.

“Se a ação não for tomada, se o discurso não mudar, se a retórica não mudar, as coisas podem piorar”, afirmou.

Campanha

A campanha também pede que outra força-tarefa examine as florestas em terras públicas às quais não foi atribuída nenhuma reserva ou outro status. Cerca de 40% do desmatamento em 2018 ocorreu em terras públicas, segundo o Ipam.

Todas as florestas devem receber designações com base no que são mais adequadas, disse o diretor-executivo do Ipam, André Guimarães. Por exemplo, se contiver espécies sensíveis, uma floresta poderá ser protegida como reserva ou parque nacional, disse ele.

Outras poderiam ser designadas como florestas nacionais ou áreas de concessão para a exploração sustentável de madeira, disse Guimarães.

Aproximadamente 650.000 km2 de floresta no Brasil –uma área quase o dobro do tamanho da Alemanha– não têm designação, de acordo com o Ipam.

Mais cedo nesta semana, o Ipam reportou em nota que, dos 45.256 focos de fogo registrados no bioma Amazônico de janeiro ao final de agosto, 33% foram verificados em propriedades privadas, que cobrem 18% da área amazônica.

Fonte: Reuters por Notícias Agrícolas

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