Importação do arroz e perda da soja no Rio Grande do Sul

Consultoria da Pátria AgroNegócios divulga relatório sobre a perda da soja e governo autoriza a importação do arroz

Cooked rice in a red cup placed on the plywood floor.
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Diário Oficial da União publicou no final da noite de quinta-feira, 9, edição extra na qual o governo federal editou uma Medida Provisória (MP) que autoriza a importação, em caráter excepcional, de até 1 milhão de toneladas de arroz pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

A medida é para a recomposição dos estoques públicos por conta das enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul recentemente, Estado principal produtor do grão no Brasil.

O arroz importado será pronto para o consumo para evitar impacto ao produtor rural.

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As principais origens do arroz sem casca importado são do Mercosul. No ano passado, quase 60% veio do Paraguai, 32% foi comprado do Uruguai e 5% foi importado da Argentina.

No Brasil, Minas Gerais foi o maior Estado comprador, seguido pelo Rio Grande do Sul.

Produtores de arroz e supermercados informam que não há risco de desabastecimento do grão no Brasil, apesar das enchentes no Rio Grande do Sul, estado responsável por 70% da produção nacional. A garantia é da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) e da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS).

Perdas na soja do RS 

A safra de soja do Brasil em 2023/24 foi estimada nesta segunda-feira, 13, em 142,82 milhões de toneladas, considerando uma perda de 2,4 milhões de toneladas na produção do Rio Grande do Sul, apontou a consultoria Pátria AgroNegócios em relatório.

A redução no Rio Grande do Sul foi parcialmente compensada por ajustes positivos em outros Estados. O número da safra nacional foi reduzido em apenas 360 mil toneladas na comparação com o levantamento anterior.

“Destaque para o leve aumento da produtividade observada na Bahia, Maranhão e Piauí; queda acentuada da produção no Rio Grande do Sul, que perdeu mais de 2,4 MTs em relação ao potencial produtivo inicial”, disso o diretor da consultoria, Matheus Pereira.

Segundo ele, a projeção de 2,4 milhões de toneladas perdidas no Rio Grande do Sul pelas enchentes usa parâmetros “bem” conservadores.

O fator enchentes foi o de “maior poder catastrófico, se é que podemos falar sobre isto”. “Porém o padrão chuvoso que se estabeleceu no Rio Grande do Sul também tem mostrado quebras por redução de qualidade”, acrescentou ele.

Segundo Pereira, mesmo as regiões que não inundaram estão passando por chuvas intensas, “que inviabilizam colheita com soja já maturada”, reduzindo a qualidade.

 

Fonte: Dinheiro Rural

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