Programa de Combate ao Desperdício de Alimentos alcança 270 toneladas arrecadadas

Presente em 68 feiras livres e dois mercados municipais, a iniciativa atende mais de 200 entidades assistenciais, alimentando cerca de 120 mil pessoas por mês

Lixo orgânicos ajuda a recuperar solo dos quintais e jardins e permite produzir alimentos saudáveis. Projeto Espaço Vitória em Cuiabá, iniciativa socioambiental do Instituto Cidade Amiga
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Criado em outubro de 2017, o Programa de Combate ao Desperdício de Alimentos, iniciativa da Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, atingiu em 2019 a marca de 270 toneladas de alimentos arrecadados em dois mercados e 68 feiras livres participantes. O projeto, presente em todas as regiões da cidade, atende aproximadamente 120 mil munícipes em vulnerabilidade alimentar.

Com uma logística simples e prática, o programa recolhe alimentos que estão em boas condições de consumo, mas que seriam descartados. A arrecadação é destinada para mais de 200 entidades cadastradas no Programa Banco de Alimentos da Prefeitura . Em julho, o prefeito Bruno Covas assinou o decreto que instituiu o programa, ampliando a captação e alcance em todas as regiões do município.

“O Programa de Combate ao Desperdício e à Perda de Alimentos é completo e atende o município nos temas de economia, inclusão e sustentabilidade, pois emprega pessoas em estado de vulnerabilidade social e financeira, ajuda munícipes que sofrem de insegurança alimentar com a doação de alimentos e reduz o índice de lixo orgânico, que antes era enviado para os aterros sanitários da cidade”, explica secretária municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Aline Cardoso.

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Inclusão social e geração de empregos

A apresentação do programa aos feirantes, coleta, triagem dos alimentos e atendimento às entidades são realizadas por 72 beneficiários do Programa Operação Trabalho (POT) que, além de receberem uma bolsa-auxílio no valor de R$ 1.047,90 por seis horas de trabalho de segunda a sexta-feira, também recebem qualificação profissional para a manipulação de alimentos e normas da vigilância sanitária, ação que os capacita para atuar no setor alimentício, especialmente em restaurantes, mercados e feiras.

Desse total, 38 pessoas estão desde o início da atividade e, em agosto deste ano, a secretaria passou a fazer a inserção de mulheres vítimas de violência doméstica ou familiar cadastradas pelo Programa Tem Saída. As beneficiárias também são responsáveis pela coleta, triagem do alimento, transporte e atendimento às entidades. Atualmente, 34 mulheres integram a equipe, a meta é que até o fim de 2020 cem beneficiárias integrem o programa.

Gestão de resíduos

Em parceria com Amlurb – Autoridade Municipal em Limpeza Urbana, o programa  iniciou em 2019 um projeto piloto no Mercado Municipal Kinjo Yamato. Os alimentos captados pela iniciativa que não estão em condições de consumo são encaminhadas para o pátio de compostagem da Sé. Lá o resíduo é transformado em composto de qualidade, utilizado posteriormente em plantios e canteiros da Prefeitura. Além disso, o resíduo é pode ser distribuído como adubo para munícipes em eventos. Em média, 1,3 toneladas de lixo orgânico são enviadas para o pátio de compostagem da Sé somente pelo Programa de Combate ao Desperdício e à Perda de Alimentos.

Reconhecimento Internacional

Em 2019, o Programa de Combate ao Desperdício e à Perda de Alimentos recebeu duas premiações internacionais. O prefeito Bruno Covas foi representado pela secretária-adjunta, Ana Carolina Lafemina, na cidade de Montpellier, na França, onde a iniciativa concorreu com 104 boas práticas. O projeto ganhou a honraria na categoria Desperdício de Alimentos pela contribuição à Segurança Alimentar no Prêmio Pacto de Milão.

Já em Bilbao, na Espanha, a secretária Aline Cardoso representou o prefeito no evento em que o projeto também foi premiado por sua contribuição na redução de orgânicos nos aterros, tornando-se inspiração e modelo para uma campanha Global da ISWA (Associação Mundial de Resíduos Sólidos). A campanha será apresentada a cidades de 75 países como exemplo a ser seguido. Serão destacados os aspectos de inclusão social e geração de renda para pessoas vulneráveis, enquanto contribuem com a segurança alimentar e o meio ambiente.

Fonte: Prefeitura de São Paulo

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