Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha: desafios das empreendedoras negras em busca da independência financeira

Empresária Talita Watanabe, que comanda a empresa 4us, especializada em Marketing de Experiência, fala da sua jornada e da representatividade das mulheres negras no mercado de trabalho

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No dia 25 de julho, celebramos o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, uma data que nos convida a refletir sobre a luta, a resistência e as conquistas das mulheres negras em nosso país. As empreendedoras negras, em particular, têm se destacado pela resiliência e inovação, apesar dos inúmeros desafios que enfrentam. Segundo dados do Sebrae, cerca de 24% dos empreendedores brasileiros são mulheres negras, e esse número tem crescido constantemente.

Talita Watanabe, CEO da 4us e especialista em Marketing de Experiência, é uma dessas mulheres que transformam adversidades em oportunidades. Ela ressalta que os desafios enfrentados por essas empreendedoras vão além do comum. Muitos negócios de mulheres negras estão localizados em áreas com infraestrutura precária e têm menos acesso a serviços básicos. A Pesquisa IRME 2023, realizada pelo Instituto Rede Mulher Empreendedora, revela que 95% das mulheres no Brasil acreditam que trabalhar e ter sua própria renda é fundamental para a independência feminina. Por isso, 92% das empreendedoras consideram seus negócios extremamente importantes e fazem de tudo para mantê-los funcionando. Além disso, 81% das empreendedoras veem seus empreendimentos como parte essencial de quem são.

“Como mulher preta e empreendedora, sei bem o quanto ter nossa própria renda é essencial para nossa independência e identidade. Esses números refletem a realidade de muitas de nós que, além de enfrentar os desafios comuns do empreendedorismo, lidamos com as barreiras adicionais do racismo e do sexismo”, diz a empresária.

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Outro dado do estudo é que 70% das empreendedoras são mães, o que, para Talita, é uma prova de que o empreendedorismo feminino, sobretudo da mulher preta, é uma extensão da identidade, uma ferramenta de transformação social e de mudança de gerações. “A maternidade é uma força motriz para muitas de nós. Precisamos garantir um futuro melhor para nossos filhos, e o empreendedorismo se torna uma alternativa viável para alcançar essa meta”.

 

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