Estudo revela a evolução do ESG no Brasil

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Rede Brasil do Pacto Global da ONU, e a Stilingue, plataforma brasileira de insights especializada em monitoramento de redes sociais, lançaram em parceria o estudo “A Evolução do ESG no Brasil”, disponível em versão digital. A publicação traça um panorama sobre o debate de questões ambientais, sociais e de governança no país, além de investigar temas e marcas mais envolvidos com o conceito.

A pesquisa se baseou em mais de 35 milhões de publicações coletadas entre fevereiro e março de 2021 pela plataforma Stilingue. O objetivo é mapear e mensurar a sustentabilidade e o impacto social dos investimentos em empresas e negócios. O relatório do Pacto Global revela, por exemplo, que discussões em redes sociais sobre o tema ESG (da sigla em inglês para Ambiental, Social e Governança), cresceram seis vezes de 2019 para 2020 no Brasil.

 

Crescimento exponencial

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O ganho de relevância do tema nos dois últimos anos pode ser constatado com o crescimento exponencial do uso da terminologia ESG nas redes sociais, sendo que só em 2020 foram realizadas 22 mil publicações sobre o assunto, seis vezes mais que em 2019. Entre outros insights, que vão desde as marcas mais citadas – de forma positiva ou negativa – e os setores que estiveram mais envolvidos com o tema, o estudo também revela que a conversa tem sido prioritariamente conduzida por representantes da imprensa, além de alguns influenciadores.

“A Evolução do ESG no Brasil” traz uma análise integrada de informações coletadas via Social Listening pela plataforma Stilingue e resultados de pesquisa quantitativa e qualitativa realizadas no período de fevereiro e março de 2021 com 308 membros da Rede Brasil do Pacto Global. A publicação foca nas ações práticas de ESG dentro das empresas mais atuantes neste setor no país.

De acordo com Carlo Pereira, Diretor-executivo da Rede Brasil do Pacto Global, o Brasil vivencia a ascensão do conceito ESG, com uma intensa mobilização do mercado, em parte, por conta da pandemia da Covid-19.

“Uma das consequências da crise causada pelo novo coronavírus foi o despertar da consciência de parcelas maiores da sociedade para questões ligadas à sustentabilidade. As empresas brasileiras aceleraram suas práticas sustentáveis em um movimento sem volta. Quando algumas pessoas me questionam o que há de novo sobre o tema, costumo começar a conversa explicando que ESG não é uma evolução da sustentabilidade empresarial, mas sim a própria sustentabilidade empresarial”, afirma.

“No digital, o espaço de discussões sobre ESG é prioritariamente ocupado por representantes da imprensa, que pautam e estimulam a conversa. Poucas marcas até o momento conseguiram explorar e se apropriar de mensagens receptíveis para o público final”, diz Rodrigo Helcer, CEO e co-fundador da Stilingue. “Esta análise nos permite dizer que as empresas têm uma grande oportunidade de explorar ações de suas marcas de forma mais contundente”, afirma.

 

Anseios vs aplicações práticas

O estudo mostra que existe uma discrepância entre anseios identificados em redes sociais e aplicações práticas elaboradas pelas empresas. Se os primeiros têm forte interesse e buscam por ações que solucionem questões ambientais, as marcas têm sido reconhecidas pelas iniciativas que integram o fator Social.

 

Confira, a seguir, alguns insights do estudo “A Evolução do ESG no Brasil”:

 

  • Discussões em redes sociais sobre o tema ESG (da sigla em inglês para Ambiental, Social e Governança), cresceram seis vezes de 2019 para 2020;
  • Políticas de equidade de gênero (57%) são mais frequentemente trabalhadas dentro das empresas do que equidade de raça (46%) e LGBTQIA+ (31%);
  • Dentre os segmentos analisados, apenas o setor de Moda e Beleza elenca política de equidade LGBTQIA+ no top 3 de iniciativas de impactos sociais;
  • No digital, os cinco setores mais vinculados à discussão sobre ESG em 2020 foram, nesta ordem: Financeiro, Óleo e Gás, Alimentos e Bebidas, Agronegócio e Varejo;
  • Nos setores mais engajados, destaque para as empresas XP Investimentos, BTG, Pactual, Braskem, Shell, Nestlé, Ambev, BRF e Magalu;
  • O Agronegócio foi o setor com mais familiaridade com a sigla ESG no aprofundamento da pesquisa qualitativa.

Para ler o estudo, clique aqui.

 

Fonte: Notícia Sustentável

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