Levantamento do Ministério da Saúde monitora casos de gravidez em estudantes

IBGE aponta que 56 em cada mil adolescentes são mães no Brasil.
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Os casos de gravidez na adolescência serão monitorados pelos Ministérios da Educação (MEC) e Ministério da Saúde (MS), por meio do Programa Saúde na Escola. Para isto, os gestores escolares e demais representantes devem responder até 15 de abril o “Questionário sobre quantidade de casos de gravidez em adolescentes escolares”, disponível por meio de link no Sistema Educacenso.

A iniciativa tem como objetivo monitorar os casos registrados em 2018, entre adolescentes de 10 a 19 anos, ao mesmo tempo em que propõe ações integradas para diminuir as taxas atuais. Segundo o Ministério da Saúde (MS), o Brasil registrou 56 casos de gravidez em cada mil adolescentes brasileiras. Embora o órgão sinalize uma redução de 13% no número de bebês de mães adolescentes, o país ainda registra taxas mais altas do que a média mundial, que é de 49 casos no mesmo universo de mil adolescentes.

Em fevereiro de 2018, na faixa etária de 15 a 19 anos, a taxa mundial de gravidez adolescente estava estimada em 46 nascimentos para cada 1 mil meninas. Na América Latina e no Caribe, o índice era de 65,5 nascimentos, menor apenas do que o registrado na África Subsaariana. Os dados foram publicados em relatório da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA).

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Graduação

A realidade é também desafiadora para as mães que cursam a graduação e precisam conciliar a maternidade com os estudos. “Entrar na faculdade sempre foi o meu sonho, mas a chegada de Gabriel mudou os meus planos. Estudar novamente é tudo que eu mais quero, porém, com filho, tudo é mais complicado. Já tentei voltar duas vezes e não consegui dar continuidade”, relembra a estudante de 19 anos, Kelly Borges, que descobriu a gravidez quando cursava o segundo ano do ensino superior.

Com o afastamento da faculdade, estudar se tornou ainda mais difícil. No entanto, destaca a necessidade de continuar investindo na própria formação para não ficar desatualizada em relação ao mercado de trabalho. “A faculdade é algo mais distante agora mas, por enquanto, estou investindo em curso técnico”, assegura a estudante.

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