Serão cinco meses de viagens a diferentes regiões do país, percorrendo distâncias que variam de 2.000 km na Mata Atlântica (área de contato do Cerrado com a Floresta), em Goiás, até 5.000 km na Mata Seca (encontro do Cerrado com a Caatinga), na Bahia. O projeto apresenta alguns desafios, como o Tricontato, região de Minas Gerais próxima da fronteira com a Bahia, onde se encontram os limites entre Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica.
Todo esse processo é para que o IBGE possa realizar a atualização dos mapas dos biomas brasileiros, com atenção especial às áreas em que eles se encontram. O projeto visa à criação de um mapa dos biomas na escala cartográfica de 1:250.000 (1cm = 2,5 km). O mapa atual, publicado em 2004, tem escala de 1:5.000.000 (1 cm = 50 km). O Brasil tem seis biomas: a Amazônia, o Cerrado, a Mata Atlântica, a Caatinga, o Pampa e o Pantanal.
Este mês, a equipe está no Pantanal. “Apesar de ter vegetação típica de Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica, o Bioma Pantanal tem limites mais precisos, definidos pelas áreas sujeitas a inundações”, explica o gerente do Mapeamento de Recursos Naturais do IBGE, Therence de Sarti, acrescentando: “os limites entre os outros biomas apresentam áreas de transição cuja vegetação tem características comuns a ambos”.
O projeto está previsto para terminar em agosto. Durante esse período, a equipe compartilhará fotos e vídeos pelo perfil do IBGE no Facebook, no Instagram e no Twitter.