Pesquisadores da USP desenvolveram equipamento para descontaminação de partículas suspensas no ar em ambientes fechados, onde circulam muitas pessoas. O novo sistema produzido por pesquisadores do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP usa tecnologia de radiação UVC (método com base em luz ultravioleta para inativação rápida de microrganismos) para eliminação de patógenos e gradiente de pressão que proporciona a decantação mais rápida de partículas patogênicas que são eliminadas do chão antes de alcançar a área de respiração das pessoas.
O uso do equipamento para descontaminação de partículas
A desinfecção sanitária é indicada para diversos lugares, salas de espera, escolas, clínicas, consultórios, dentre outros espaços onde há a circulação constante de pessoas. No IFSC, algumas salas de aula já estão sendo equipadas com o sistema para diminuir riscos de contaminação de estudantes, funcionários e professores durante atividades didáticas.
Segundo os pesquisadores envolvidos no projeto do equipamento para descontaminação de partículas, que tem a supervisão do professor Vanderlei Bagnato, além dos cuidados necessários com equipamentos de uso pessoal (máscaras e higienização) e descontaminação de utensílios, pacotes, mobílias, superfícies e assoalhos, é importante dar atenção ao ar que que se respira. “Tosse, espirros e ou falas de indivíduos infectados em ambientes fechados são potenciais vias de contaminação de vírus e bactérias.” Partículas e aerossóis podem permanecer no ar por várias horas.
Independentemente das partículas expelidas na respiração, as vestes, cabelo e outras partes do corpo podem, também, carregar por algum período partículas infectadas que são deixadas no meio ambiente. Mesmo utilizando máscaras, parte destas partículas vaza para o ambiente. Certamente, as máscaras diminuem muito os fatores de contaminação, mas não os anulam por completo, afirmam.
Como funciona o sistema
Assista entrevista com o professor Vanderlei Bagnato sobre a capacidade da metodologia UVC para desinfecção de áreas com vírus e bactérias.
Mais informações: vander@ifsc.usp.br – com Vanderlei Bagnato | rsintra@gmail.com – com Rui Sintra
FONTE: Jornal da USP