Um levantamento realizado pela Cepea/Esalq/USP (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) revelou que o PIB (Produto Interno Bruto) do Agronegócio brasileiro teve alta de 0,10% em março, mas acumulou uma queda de 0.11% no primeiro trimestre de 2019. O setor agrícola registrou baixas de 0,05% em março e 0,16% no primeiro trimestre – enquanto a pecuária apresentou alta mensal de 0,52% e anual de 0,04%.
Segmentos
Segundo o estudo, as indústrias de fertilizantes e defensivos impulsionou o segmento de insumos agrícolas. Em relação ao primeiro caso (fertilizantes), os pesquisadores do Cepea afirmam que os maiores preços do trimestre deste ano favoreceram o faturamento esperado para 2019. No caso dos defensivos, a maior produção influenciou o resultado. No segmento de insumos pecuários, o aumento do PIB refletiu, principalmente, o comportamento da indústria de rações.
Setores
Também de acordo com o estudo, o setor primário é pressionado pelo aumento dos custos de produção, “o que tem resultado em variação negativa do PIB para o segmento, apesar das elevações verificadas em valor de produção”, informa o Cepea. Os pesquisadores ponderam, entretanto, que no setor primário agrícola e pecuário tem se verificado, mês a mês, elevação média de preços e de quantidade produzida.
Na agroindústria de base agrícola, a menor produção esperada para o ano pressionou os resultados. Já no caso da indústria de base pecuária, a renda do segmento esperada para o ano tem sido pressionada pelo aumento nos custos de produção, embora os preços e o volume produzido dos produtos pecuários industriais tenham, em média, se elevado no acumulado.
O setor de serviços, verificou-se baixa no acumulado do trimestre. No resultado de março, porém, já se observou alta. “Indicadores de mercado vêm mostrando crescimento de vendas do grupo de produtos alimentícios e bebidas”, relata o Cepea. Além disso, as exportações do agronegócio relativamente ao mesmo período do ano passado estão em alta, aspectos que devem provocar uma reação, que deve ser verificada no segmento nos relatórios para os próximos meses.
Fonte: Terra Economia