Foi lançado na última quinta-feira, 27, o edital Ciência para o Desenvolvimento para pesquisadores que se interessem por questões sociais. A iniciativa foi da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo. O objetivo do lançamento é mobilizar a capacidade científica do Estado – unindo universidades, institutos de pesquisa, empresas, terceiro setor e órgãos governamentais – na missão de analisar e resolver problemas de relevância econômica e social. Além disso, o projeto visa apoiar a criação de Núcleos de Pesquisa Orientada a Problemas em São Paulo.
Projetos
O edital selecionará projetos em áreas estratégicas, tais como produtividade e sustentabilidade na agricultura do século 21; energia para o desenvolvimento; manufatura avançada; saúde: inteligência artificial em medicina, biotecnologia, vacinas e imunobiológicos, diagnóstico, prevenção e tratamento de câncer, obesidade, diabetes, Alzheimer, hipertensão arterial e doenças cardíacas; cidades inteligentes: mobilidade, segurança pública, habitação e meio ambiente; educação: avanço da qualidade e acesso; redução da desigualdade e conservação ambiental e biodiversidade.
“É uma obrigação para um governo responsável apoiar a pesquisa e a inovação. Essa soma de forças é fundamental para um Estado que lidera o Brasil”, afirmou o governador de São Paulo, João Doria, na cerimônia de lançamento.
Importância
Para o presidente da Fapesp, Marco Antonio Zago, “esta é uma oportunidade de tratarmos o papel da ciência no desenvolvimento, seu funcionamento e sua governança. Não existe desenvolvimento econômico e social sem uma forte participação da ciência e tecnologia. As cinco maiores economia do mundo são também as cinco maiores potências de ciência e educação superior e os países que estão passando por forte crescimento em período relativamente curto são os que fortaleceram significativamente a educação e o desenvolvimento científico. Estamos aqui para falar de oportunidades”.
“Entendemos que há necessidade de associar as universidades e os institutos de pesquisa públicos e privados com as empresas, os órgãos do governo ou do terceiro setor – que são as instituições com capacidade de aplicar os resultados dos projetos, seja para aumentar a competitividade econômica ou para elaborar leis e políticas públicas que vão melhorar a qualidade de vida do cidadão”, destacou o diretor científico da Fundação, Carlos Henrique de Brito Cruz.
Segundo ele, a iniciativa deverá mobilizar cerca de R$ 400 milhões nos próximos cinco anos. A Fapesp destinará um total de R$ 100 milhões aos projetos aprovados e espera-se que as entidades parceiras – empresas, ONGs ou órgãos governamentais – invistam pelo menos um valor equivalente. Já as instituições-sede dos projetos deverão aplicar outros R$ 200 milhões como contrapartida econômica.
A secretária de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen da Silva, destacou a importância de aproximar a ciência e a tecnologia na resolução dos problemas sociais. “Meu sonho é ver a ciência sendo aplicada cada vez mais na busca pela cura de doenças, na segurança e educação com o objetivo de gerar oportunidades para as pessoas”, afirmou.
Fonte: Agência USP