A agenda internacional terá início em 2020, mas o Brasil só deve aderir à iniciativa em 2027
Séria candidata à pole position dos maiores emissores de gases do planeta em 2050, quando o aumento das viagens aéreas levará o setor a produzir um quinto das emissões globais, a aviação civil internacional vem discutindo, desde 2016, mecanismos de compensação.
O funcionamento do mercado de carbono foi tema de um encontro em Montreal, entre os dias 7 e 9 de fevereiro, com a participação de representantes de diferentes países, e teve como objetivo reduzir as emissões a partir de 2020.
A Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO) projeta compensar em torno de aproximadamente 2,5 bilhões de toneladas de gases de efeito estufa (GEE), por conta do aumento dos voos. A quantidade exigirá recursos na ordem de US$ 2 bilhões para a compra de créditos de carbono nos próximos 15 anos.
Até o momento, 72 países já aderiram ao programa de reduções. O Brasil, que não integra o grupo, O país deverá participar da terceira fase do programa a partir de 2027. A adesão das companhias aéreas brasileiras ao programa internacional vai gerar custos às empresas, que passariam a compensar suas emissões adicionais após 2020.
Na hipótese do Brasil aderir ao programa desde a primeira fase, estima-se o aumento nas tarifas de US$ 4 a 5 US$ 5, valores que seriam revertidos em apoio a projetos de reduções de emissões e de promoção do desenvolvimento sustentável.
As atuais companhias aéreas geradoras respondem por 2% das emissões mundiais, suficientes para colocar o setor no mesmo patamar de emissões das dez maiores economias mundiais geradoras de gases de efeito estufa (GEE).
Se nada for feito, a aviação civil internacional é séria candidata à pole position dos maiores emissores do planeta em 2050, quando o aumento das viagens aéreas internacionais levará o setor a produzir um quinto das emissões globais.