CNA pede R$ 403,88 bilhões para o Plano Safra 2023/24

Documento entregue pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil apresenta dez pontos prioritários para o próximo ciclo agrícola

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A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) pediu ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, que o próximo Plano Safra (2023/24) tenha R$ 403,88 bilhões para financiamentos de custeio, investimento e comercialização dos produtores rurais.

Diante do esgotamento precoce dos recursos nas últimas temporadas, a entidade solicitou também a garantia de que o dinheiro anunciado esteja disponível ao longo dos 12 meses do ciclo, sem interrupções e de forma previsível.

Os pedidos vão exigir habilidade de negociação e poder de convencimento de Fávaro nas tratativas com o Ministério da Fazenda diante das limitações fiscais do país. O orçamento para a equalização de juros do crédito rural em 2023 é de R$ 13,5 bilhões e grande parte já foi utilizada.

Para iniciar o Plano Safra em julho e garantir que as linhas não sejam bloqueadas por falta de subvenção, a CNA apontou a necessidade de elevar o caixa para R$ 25 bilhões, um salto de 82%.

Na manhã desta quinta-feira, o presidente da CNA, João Martins, entregou as dez propostas prioritárias da entidade ao ministro Fávaro. O documento lista ainda uma série de sugestões e pedidos de melhorias na área de crédito e gestão de riscos no campo e para a redução dos custos de produção no campo.

Taxas reduzidas

A CNA não indicou a taxa de juros ideal para o Plano Safra 2023/24, mas pediu que as alíquotas atuais sejam reduzidas e os novos índices sejam “condizentes” com a atividade agropecuária.

Entre os pedidos prioritários da CNA também está a suplementação orçamentária para o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) ainda em 2023, passando dos atuais R$ 1,1 bilhão para R$ 2 bilhões, e o aumento da verba para R$ 3 bilhões em 2024.

Apesar do volume crescente do caixa, o aumento dos custos de produção e o crescimento da sinistralidade limitaram a expansão da cobertura no Brasil no ano passado. A confederação apontou ainda a necessidade de regulamentação do Fundo de Catástrofe.

Fonte: Globo Rural

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