Depois de Brumadinho, 56 barragens são interditadas por não atestarem segurança

Brumadinho registra 217 mortos.
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A Agência Nacional de Mineração (ANM) determinou a interdição de 56 de barragens que não atestaram segurança nas estruturas. Trinta e seis estão em Minas Gerais, onde ocorreu o rompimento da barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho e a do Fundão, em Mariana. Além disso, 20 das barragens impedidas de operar pertencem a mineradora Vale.

 

As estruturas foram interditadas porque as informações encaminhadas à agência reguladora, pelas empresas, apontaram falta de estabilidade nos empreendimentos. Algumas empresas sequer enviaram o relatório que garantia a segurança das estruturas.

 

Em entrevista à TV NBR, o diretor da ANM Eduardo Leão afirmou que as 425 barragens que fazem parte da Política Nacional de Barragens são obrigadas a encaminhar relatório de estabilidade.

 

“Automaticamente as 56 [barragens] já estão interditadas e as empresas, agora, têm obrigação de fazer reforços, investimento em obras, para que ela consiga elevar seu fator de segurança para ela ter estabilidade.”

 

As demais barragens interditadas estão localizadas em São Paulo, no Mato Grosso, no Rio Grande do Sul, em Goiás, no Pará, Amapá e Paraná.

 

A decisão foi tomada na noite dessa terça-feira (2) atendendo ao que é determinado na Declaração de Condição de Estabilidade.

 

Em fevereiro, após o rompimento da barragem em Brumadinho, a agência reguladora estabeleceu um prazo de 30 dias para o encaminhamento das informações sobre as barragens do tipo à montante.

 

A Vale informou que está trabalhando com seus técnicos e especialistas de renome mundial em investigações complementares para garantir que o modelo utilizado pelos auditores externos está adequado e já está planejando medidas de reforço para o incremento dos fatores de segurança dessas estruturas.

 

Fonte: EBC

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