A mineração de Bitcoin (BTC) exige a utilização de energia elétrica barata para fazer funcionar conjuntos de computadores que realizam operações complexas para extrair a criptomoeda. Uma alternativa encontrada pelos mineradores é a reativação de usinas de eletricidade de fontes fósseis para serem dedicadas à atividade.
A Greendigde Generation, uma fábrica acusada de derreter lagos glaciais de 12 mil anos na região de Finger Lakes, nos Estados Unidos, está sendo visto pelos ambientalistas como um teste para que outras usinas de combustível fóssil sejam utilizadas para a mineração e comprometam as metas de redução de emissão de gases de efeito estufa.
A planta produz 44 megawatts, eletricidade que seria o suficiente para abastecer mais de 35 mil residências, mas grande parte é utilizada para alimentar 15.300 servidores que mineram Bitcoins 24 horas por dia nos sete dias da semana.
A fábrica original tinha como matéria-prima o carvão para gerar energia elétrica. Com a sua reabertura, em 2017, foi convertida para gás natural, uma forma menos poluente, mas que ainda emite gases de efeito estufa.
Entre julho e agosto de 2021, Greenidge afirma que conseguiu extrair 729 BTCs. O valor equivale a cerca de US$ 45 milhões, ou quase R$ 250 milhões, com a cotação do BTC próxima dos US$ 62 mil.
Mineração sustentável
A usina de Mechanicville, em Nova York, extrai Bitcoins a partir da eletricidade gerada pela força da água. A operação, gerida pela Albany Engineering Corp., atende a uma demanda pela sustentabilidade no criptomercado, ao utilizar energia renovável para minerar as moedas digitais.
Ainda assim, há uma preocupação com a elevação dos custos de produção para o consumo regular de eletricidade. A Albany Engineering Corp. ganha 3 vezes mais por quilowatt-hora quando minera Bitcoin em comparação ao preço pago para a rede elétrica dos EUA. Isso pode desincentivar a produção de eletricidade para o consumo habitual e incentivar a criptomineração.