A SP Ventures anunciou, hoje, a criação de um novo fundo focado no investimento em empresas inovadoras e em forte crescimento em toda a cadeia do agronegócio. A iniciativa vai disponibilizar R$ 90 milhões inicialmente mas, até o final do ano, deve atingir até R$ 400 milhões.
Essa primeira captação reuniu investidores como os fundos globais de Venture Capital de algumas das principais multinacionais do agro, como BASF Venture Capital e a Syngenta Ventures, bem como a FoF Capria (que tem investidores como Bill Gates, Paul Allen e a Ford Foundation) e a BID Labs, braço de inovação do Banco Interamericano de Desenvolvimento.
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Já na próxima semana, é esperado um nova captação de cerca de R$ 56 milhões e previsão aponta para novos recursos em outubro e novembro até totalizar R$ 400 milhões (ou cerca de US$ 75 milhões) ainda neste ano. As principais razões, segundo Francisco Jardim, sócio-fundador da SP Ventures, são o desempenho do agro brasileiro apesar da Covid-19 e a aceleração do digital no setor.
O fundo terá a missão de investir em startups com potencial de reinventar a cadeia de agricultura e alimentos em toda a América Latina. Entre os destaques estão as fintechs agrícolas, os marketplaces e e-commerces, as tecnologias digitais e de biotechs
Além do mercado brasileiro, países como Argentina, Chile, Colômbia e México também são importantes para o fundo. “Buscamos por empresas disruptivas, transformadoras e que consigam agregar valor em um mercado tão disputado como o AgFood. Queremos estabelecer parcerias para construir e desenvolver grandes negócios que deixarão um legado positivo e gerar riqueza”, explica Jardim.
A captação do fundo ocorreu durante a pandemia, demonstrando a confiança dos investidores na resiliência do agronegócio da região. “Nos últimos meses, observamos muitos investidores desistirem de compromissos de longo prazo na economia real devido à incerteza causada pela pandemia. Nosso fundo é de 10 anos e demonstra uma forte confiança no futuro do nosso agronegócio”, completou.
Foco em sustentabilidade
Além do retorno financeiro, o fundo também possui um importante objetivo de impacto ambiental. Através da disseminação de inovações tecnológicas, as empresas investidas deverão tornar a agricultura da região mais verde e sustentável, enquanto aumentam a produtividade e rentabilidade do setor.
Como exemplo, entram em seu radar companhias capazes de aumentar a produtividade das áreas agrícolas existentes e diminuir a pressão pelo desmatamento; que reduzam o desperdício de água e otimizem o uso de insumos, restringindo a quantidade de fertilizantes, pesticidas e outros produtos químicos; e que estabeleçam o empoderamento do produtor rural.
“Um dos grandes desafios da humanidade está em conseguir aumentar a de produção de forma sustentável. Todos os sócios e colaboradores do fundo acreditam no proposito desta missão e na importância de investir nas causas ESG. Acreditamos que a solução seja a combinação do empreendedorismo, tecnologias e um profundo respeito ao meio-ambiente”, finaliza Jardim.
FONTE: AgEvolution | Canal Rural
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