O impacto das Indicações Geográficas (IGs) revela dados significativos sobre o faturamento gerado por produtos protegidos pela União Europeia, atingindo 74,76 bilhões de euros em 2017, com mais de um quinto proveniente de exportações para países terceiros. O relatório do Instituto de Propriedade Intelectual da UE destaca que produtos com designações protegidas têm, em média, o dobro do valor de produtos similares sem certificação.
Enquanto a Europa conta com mais de 3.500 IGs, o Mercosul segue com cerca de 265, liderado por Brasil e Argentina, cada um com 112 IGs. O potencial econômico das IGs é evidente, com o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) recebendo mais de 20 solicitações para análise, indicando um possível aumento de até 300% nos preços de mercado para pequenas empresas brasileiras.
Recentemente, o IP Key América Latina promoveu um treinamento em Belo Horizonte sobre o uso de IGs no Mercosul, visando compartilhar conhecimento e estimular a convergência com padrões internacionais e da UE. Esse impulso está alinhado com o Acordo de Associação entre a UE e o Mercosul, que protegerá 355 IGs europeias e 220 nomes de produtos tradicionais do Mercosul.
As IGs não apenas identificam a origem geográfica dos produtos, mas também apoiam as pequenas e médias empresas, aumentando o valor dos produtos locais e gerando confiança nos consumidores. Além disso, contribuem para a preservação dos recursos naturais locais e impulsionam o turismo.
O evento destacou a importância das IGs na valorização cultural e econômica, ressaltando os benefícios para os produtores em participar dessas certificações. A troca de conhecimento e a promoção conjunta são aspectos fundamentais para o sucesso das IGs, criando oportunidades de crescimento e desenvolvimento sustentável para os mercados envolvidos.