Novo projeto prevê a recuperação do Rio Pinheiros até 2022

O investimento previsto pelo governo Doria é de 1,5 bilhão de reais

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Dezembro de 2022 é o prazo estabelecido por João Doria, atual governador de São Paulo, para que os paulistanos recebam um Rio Pinheiros revitalizado, com águas mais limpas, vida aquática e margens reurbanizadas. No plano, o mais ambicioso do gênero anunciado para as capitais brasileiras, há a previsão de que o rio tenha um serviço de navegação turística. Não poderia ser algo mais distante da realidade atual. O Pinheiros é hoje um canal parado e malcheiroso, sem oxigênio, com 70% de seu volume composto de esgotos domésticos que, em parte, ali desembocam sem tratamento.

Novo Rio Pinheiros

O plano de mudança, batizado de Programa Novo Rio Pinheiros, foi anunciado logo no início da gestão Doria e será coordenado pela Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do estado, com investimento de 1,5 bilhão de reais. Não é uma promessa inédita. Em 2002, o então governador Geraldo Alckmin anunciou atingir algo semelhante até 2015. De fato, nas últimas duas décadas foram investidos cerca de 2 bilhões de reais apenas na recuperação do rio.

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Por ser um afluente do Rio Tietê, o Pinheiros insere-se no projeto de despoluição do principal rio paulista, que teve início na década de 90 e consumiu o equivalente a mais de 10 bilhões de reais em investimentos em obras de saneamento básico. Houve pouco resultado aparente, no entanto. Os recursos destinados desta vez serão maiores em proporção ao tempo projetado.

Outra novidade que pode fazer a diferença é um esforço mais intensivo no desassoreamento da calha. Em alguns trechos, a profundidade do Pinheiros chega a pouco mais de 1 metro. Prevê-se que, em 12 meses, seja retirado um volume de sedimentos 150% maior do que o extraído desde 2014. Haverá mudanças também no perfil de contratação dos prestadores de serviço, que receberão por desempenho.

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