Um projeto que promete retalhar

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A produção têxtil, como todas as indústrias, não fica de fora do desperdício. O Brasil é o quinto maior parque têxtil do mundo, segundo principal produtor de denim (algodão), e o terceiro na manufatura de malha. Ao todo, a indústria da moda no Brasil conta com mais de 30 mil empresas, movimenta R$ 50 bilhões ao ano e emprega 1,7 milhão de pessoas.

Na indústria têxtil, cerca de 20% do tecido é desperdiçado em cada peça cortada, o que representa, em escala, um enorme desperdício. As pessoas já começam a se conscientizar sobre esse excesso e buscam formas de evitá-lo. Diversos projetos se propõem a reutilizar o tecido, seja para fabricar outras peças de roupas ou empregá-lo para fins variados, tais como revestimento de móveis, automóveis etc.

A iniciativa Retalhar exerce um negócio socioambiental, que gera soluções com valor compartilhado. Ao escolher resíduos têxteis e empreendimentos da economia, criam alternativas à processos degradantes de incineração e aterragem; promovem inclusão social e desenvolvimento humano. O objetivo é o crescimento em conjunto, por meio de processos ambientalmente benéficos.

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O projeto reutiliza tecido de uniformes descartados. O material é reaproveitado para produção de cobertores populares (que são destinados à campanha do agasalho da empresa contratante); há descaracterização para reúso (peças com condição de reúso são reformadas, retirando logotipos de empresas, por exemplo, e encaminhadas para reutilização), transformação em produtos (uso interno ou distribuição em campanhas específicas) ou até mesmo para reciclagem (onde ocorre um processo de trituração, desfibramento e reinserção no setor industrial). Todos os processos, resultados e informações ficam disponíveis no site da instituição.

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