Até julho, apesar dos preços mais baixos da soja, milho e carnes neste ano, o Brasil vinha conseguindo manter as exportações do agronegócio no positivo, no acumulado do ano, com alta de 1% em relação ao mesmo período de 2023.
Isso foi possível com aumentos nos volumes de alguns produtos, como carnes, açúcar, soja e algodão.
Em agosto, a exportação do complexo soja, principalmente de grãos, alcançou 4,5 bilhões de dólares, redução de 19,7% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Além do preço menor, essa queda levou em conta o volume embarcado da soja em grão 4% inferior a agosto de 2023, para 8 milhões de toneladas.
De janeiro a agosto, a receita com exportações do complexo soja (grão, óleo e farelo) caiu 16%, para 43,9 bilhões de dólares.
Outros setores não compensam
A queda na exportação de soja, principal produto do comércio exterior do Brasil, impactou no mês passado as receitas totais do setor do agronegócio, que registrou queda apesar de aumentos nos valores obtidos em outros segmentos, como carnes, com alta de 5,6% ante agosto de 2023, café (+29,7%) e produtos florestais (+16,2%).
O setor de carnes do Brasil exportou o equivalente a 2,17 bilhões de dólares em agosto, enquanto no acumulado do ano a receita avançou 4,3%, para 16,3 bilhões de dólares.
Já a exportação de açúcar registrou leve queda de 0,9% em agosto, para 1,795 bilhão de dólares, enquanto disparou mais de 40% no acumulado o ano, para 12 bilhões de dólares.
No caso do café, a receita superou 7 bilhões de dólares no acumulado do ano, com avanço de 45%.
Fonte: Dinheiro Rural