José Maurício Caldeira, da Asperbras, analisa cenário econômico do Brasil e da África

Empresário acredita que os países irão se recuperar nos próximos anos

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O Brasil, assim como outros países ao redor do mundo, enfrenta uma grave crise econômica. Embora o cenário atual permaneça instável, há quem aproveite o período para dar continuidade aos investimentos. O Grupo Asperbras, fundado em 1960, em Penápolis, interior de São Paulo, aproveitou a oportunidade para expandir seus investimentos, tanto no Brasil, como na África – país em que o Grupo desenvolve, dentre várias atividades, inúmeras ações sociais. José Maurício Caldeira, acionista e membro do Conselho do Grupo Asperbras, se mantém confiante e afirma que a retomada econômica dos países será consolidada em breve.

O empresário diz que o Grupo mantém a confiança da construção de um novo ambiente econômico para consolidar seus negócios nos dois lados do Atlântico. Ele explica que a empresa vive atualmente um momento posterior a uma grande expansão que foi sua marca nos últimos anos.

Indústrias grandiosas

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Nesse período, o Grupo investiu na construção de uma nova unidade do laticínio Bonolat. A fábrica de leite longa vida terá capacidade de processar um milhão de litros por dia. A empresa está alocada no município de Penápolis.

Fábrica da Bonolat em Penápolis (SP)
Fábrica da Bonolat em Penápolis (SP) – Foto: Divulgação

Mas seu principal investimento em território nacional, a GreenPlac, já está em pleno funcionamento. Inaugurada em julho de 2018 em Água Clara (MS), a fábrica de placas de MDF é a mais moderna do Brasil. O investimento grandioso tem dados bons resultados. Com apenas um ano de existência, a subsidiária do Grupo Asperbras esteve em eventos como: FIMMA BrasilMovelparCASACOR SP e Mostra Modernos Eternos, que foi realizada no Mosteiro de São Bento, em São Paulo.

Investimento

Essas iniciativas já estavam em andamento quando a crise econômica se acirrou no Brasil. A solução encontrada pela empresa dar andamento ao que estava previsto. “Estávamos no meio de um dos nossos maiores investimentos no país, sem possibilidade de retorno”, recorda José Maurício Caldeira. “Se estamos no meio do mar, vamos navegar em frente. Concluímos a maioria dos nossos projetos, dentre eles, o principal, a GreenPlac”, completou.

Fábrica da Greenplac em Água Clara (MS)
Fábrica da Greenplac em Água Clara (MS) – Foto: Divulgação

José Maurício Caldeira mantém confiança de que a implementação das medidas que estão sendo propostas para a economia brasileira, que reestruturam as contas públicas, propiciarão um ambiente favorável aos investimentos. “A economia já está com sinais positivos, com a confiança de que a questão fiscal estará equacionada haverá um impacto muito favorável para por investidores”, diz ele.

Continente africano

No início dos anos 2000, a Asperbras voltou sua atenção para grandes projetos em países africanos. A empresa mantém uma base de negócios em Angola, onde possui uma concessionária de caminhões e ônibus Volkswagen, instalada na capital, Luanda e na segunda principal cidade, Benguela.

A Asperbras, diz José Mauricio Caldeira, participa ativamente de um programa de mobilidade escolar angolano, que vem sendo modificado para assumir características de transporte de massa e atender a toda a população. Desde 2004 a empresa atua na reconstrução do país, que passou por uma guerra civil. Por meio de sua unidade de Tecnologia Industrial em Construções, forneceu projetos industriais e soluções tecnológicas que permitiram a idealização e implantação da Zona Econômica Especial (ZEE), em Luanda.

Projetos

Na República do Congo-Brazaville, a Asperbras responde por três projetos de grande envergadura. O Eau Pour Tous (Água para Todos) tem objetivo de perfurar 4.000 poços artesianos para fornecer água de qualidade a mais de 1,5 milhão de pessoas que vivem em regiões remotas do país. O Santé Pour Tous (Saúde para Todos), que está construindo e implantando simultaneamente 12 hospitais-gerais em todas as províncias congolesas; e o complexo industrial de Malokou-Trechot, que compreende 16 indústrias.

Poço do projeto Água Para Todos, na África - Foto: Divulgação
Poço do projeto Água Para Todos, na África – Foto: Divulgação

Crise na África

Porém, a partir de 2016, a empresa enfrentou dificuldades. Tanto Angola quanto o Congo-Brazaville, que são produtores de petróleo, sofreram com a crise nos preços da commoditie. “Os países onde nós atuamos são muito dependentes da indústria petrolífera. Isso trouxe uma redução das operações devido as incertezas econômicas, que só agora começaram a se definir e se ajustar”, diz ele.

“Para a Asperbras fora do Brasil é muito importante a retomada dos países da África, com a estabilidade do petróleo e as medidas econômicas e sociais que o FMI, principalmente, vem tomando nos principais países onde atuamos”, completa José Maurício Caldeira, satisfeito com as perspectivas atuais, tanto no Brasil quanto na África.

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